terça-feira, 29 de maio de 2012


Posted: 24 May 2012 05:59 PM PDT
A Comissão de Direitos Humanos do Senado aprovou nesta quinta-feira projeto de lei que inclui no Código Civil a união estável entre homossexuais e sua futura conversão em casamento. A proposta transforma em lei uma decisão já tomada por unanimidade pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em maio de 2011, quando reconheceu a união estável de homossexuais como unidade familiar.

A proposta, da senadora Marta Suplicy (PT-SP), ainda terá que passar pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) antes de ir a plenário e também terá que ser votada pela Câmara dos Deputados, onde deverá enfrentar muito mais resistência do que no Senado, especialmente por parte da chamada bancada evangélica.

Em seu relatório sobre o PL, a senadora Lídice da Mata (PSB-BA, na foto) defendeu a proposta lembrando que o Congresso está atrasado não apenas em relação ao STF, quanto em relação à Receita Federal e ao INSS, que já reconhecem casais do mesmo sexo em suas normas. A senadora lembra, no entanto, que a conversão de união estável em casamento não tem qualquer relação com o casamento religioso.

"O projeto dispõe somente sobre a união estável e o casamento civil, sem qualquer impacto sobre o casamento religioso. Dessa forma, não fere de modo algum a liberdade de organização religiosa nem a de crença de qualquer pessoa, embora garanta, por outro lado, que a fé de uns não se sobreponha à liberdade pessoal de outros", apontou em seu relatório.

Apesar da decisão do STF, que serve de jurisprudência para as demais esferas judiciais, casais homossexuais têm tido dificuldade em obter na Justiça a conversão, mesmo em cidades grandes como São Paulo e Rio de Janeiro. Vários juízes alegam, apesar da decisão do órgão superior, que não há legislação a respeito. Durante a votação do STF, o então presidente do Tribunal, ministro Cezar Peluso, cobrou do Congresso que "assumisse a tarefa que até agora não se sentiu propensa a fazer" e transformasse a conversão em lei.

Fonte: A Tarde

E aí, Dilma? Após declaração de Obama, apoio ao casamento gay bate recorde nos EUA

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Parece que a declaração de apoio do presidente dos Estados Unidos Barack Obama (foto) ao casamento gay, surtiu efeito na cabeça de alguns americanos.

De acordo com uma pesquisa divulgada pelo jornal Washington Post, realizada após Obama sair de cima do muro, revelou que 53% dos norte-americanos acreditam que o casamento entre pessoas do mesmo sexo deva ser legalizado. 

O número é um recorde. Para se ter um ideia, seis anos atrás, apenas 36% da população do país era a favor do casamento gay. Quando os dados levam em conta só a opinião dos afro-descendentes, o número de aprovação sobe para 59%. A pesquisa também revelou que 71% dos americanos afirmaram ter um amigo, membro da família ou conhecido gay. Esse número era 63% em 2010. 

A pesquisa dá um indicativo de que a mentalidade da população dos EUA está mudando, mas ainda é cedo para dizer que a declaração de Obama terá um efeito efetivo na sua reeleição.

Basta lembrar que nos 30 estados do país que o casamento gay foi colocado em votação popular, ele foi vetado em todos. Nos lugares em que ele foi aprovado, que incluem seis estados e o Distrito Federal, a legalização se deu pela mudança da legislação através dos congressos dos mesmos. 
FONTE:http://forumbaianolgbt.blogspot.com.br/2012/05/e-ai-dilma-apos-declaracao-de-obama.html

Grupo é criado no Facebook para discutir a Marcha pelo Estado Laico em Salvador

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Um grup no Facebook foi criado neste domingo, dia 27, por militantes secularistas e LGBT para discutir a organização da Marcha pelo Estado Laico em Salvador. A comunidade cresce rapidamente e quer reunir religiosos de matrizes africanas, feministas e militantes pela liberalização da maconha, além de outros segmentos sociais, comunidades e movimentos que vêm sendo atacados pelas bancadas religiosas no Estado. A comunidade é aberta a qualquer pessoa que queira se entregar no endereçohttps://www.facebook.com/groups/238031819643371/, disponível para quem tem conta na rede social. O editor deste blog é um dos organizadores dessa iniciativa e o blog do Fórum Baiano LGBT apóia a mobilização.

FONTE: http://forumbaianolgbt.blogspot.com.br/2012/05/grupo-e-criado-no-facebook-para.html?utm_source=feedburner&utm_medium=email&utm_campaign=Feed:+FrumBaianoLgbt+(F%C3%B3rum+Baiano+LGBT)

Projeto de universidade mineira Educação Sem Homofobia concorre a prêmio mundial da internet.

Enquanto estudantes gays e lésbicas de todo o Brasil ainda sentem na pele o peso da omissão do Governo Federal quanto à distribuição do kit anti-homofobia – suspensa em 2011, uma iniciativa encabeçada pela Universidade Federal de Minas Gerais em parceria com as prefeituras de Belo Horizonte e Contagem está ganhando reconhecimento mundial.
O projeto “Educação Sem Homofobia” foi criado para capacitar professores de ensino fundamental e médio para lidarem com questões relacionadas à orientação sexual e identidade de gênero em sala de aula e nas comunidades onde atuam.
Em sua terceira edição, a iniciativa foi indicada pela emissora de TV alemã Deutsche Welle ao celebrado prêmio The Bobs – que reconhece os melhores sites da internet levando em conta o conceito, a criatividade e a inovação.
O “Educação Sem Homofobia” concorre na categoria de Melhor Canal de Vídeo e é o único represe ntante do Brasil dentro da temática LGBT a ser indicado à premiação. Entre os destaques do canal, está uma série de vídeos sobre a descoberta da sexualidade, educação e mercado de trabalho para travestis e transexuais.
A votação será encerrada no próximo dia 2 de maio e os vencedores serão divulgados no mesmo dia. Para votar no projeto, clique AQUI. Para saber mais sobre a iniciativa e assistir os vídeos indicados, entre no canal do projeto no YouTube.

quinta-feira, 24 de maio de 2012


Gay impedido de doar sangue em BH abre debate na saúde pública brasileira

Postado por  em 15 abr, 2012 | Deixe um comentário
Vários países proíbem doação de sangue por homossexuais; Brasil deve exigir período de 12 meses sem relações sexuais para autorizar doação | Foto: Valter Campanato/ABr
A menos de um ano da nova portaria do Ministério da Saúde que prevê a autorização de doação de sangue por homossexuais, um caso em Belo Horizonte (MG) alerta para a possível necessidade de revisão de um dos critérios da mesma portaria. Danilo França, 24 anos, foi impedido de doar sangue na última terça-feira (10), por ser homossexual. De acordo com a norma do MS, baseada em estudos da Organização Mundial de Saúde, homens que tiveram relações sexuais com outros homens nos últimos 12 meses não podem doar sangue. A medida adotada de forma rigorosa pode estar mantendo viva a tese preconceituosa da década de 80, quando a Aids era associada como a “doença dos gays”.
“Era a primeira vez que estava indo doar sangue. Esperei por duas horas na fila e na entrevista respondi que tinha um companheiro fixo há mais de três anos. Na hora me foi dito que eu não poderia doar. Sai e fiquei frustrado diante do argumento da portaria e constrangido diante dos meus colegas”, contou Danilo em conversa com o Sul21.
A doação de sangue estava sendo promovida na empresa onde Danilo trabalha e não esconde a orientação sexual, por meio de um mutirão da Fundação Hemominas. Segundo ele, a entrevista com o médico na hora da doação mudou a partir do momento em que ele declarou sua orientação sexual.
Entrevista para doação de sangue segue legislação federal | Foto: Reprodução / Sul21
Depois dessa resposta, Danilo alega que o profissional da saúde reagiu de forma diferente e fez mais outras perguntas sobre a vida sexual homossexual dele. Logo após, informou, com base na apostila do Hemominas, que Danilo não poderia ser doador. “É um critério que coloca homossexuais no tal grupo de risco, como se ser gay fosse condição de risco ou de doença”, afirma.
Após o episódio, no qual Danilo conta ter passado por constrangimento diante dos colegas ao deixar a sala e dizer que não seria e porque não seria doador, o jovem buscou esclarecimentos junto ao Hemominas e ao Ministério da Saúde.
A médica responsável pelo setor de Hematologia e Hemoterapia da Fundação Hemominas, Flávia Loureiro, afirma que o trabalho dos profissionais do Hemominas na hora da triagem é padronizado dentro da legislação federal. “Nas situações de risco acrescido, como chamamos estes casos, o comportamento sexual é analisado para verificar se a pessoa esteve exposta a situações de risco de saúde”, fala. Segundo ela, o questionário aplicado em Danilo é o disponibilizado pelo Ministério da Saúde e a orientação é de não haver discriminação na conduta da triagem. “Não entendemos que o doador é inapto apenas pelo comportamento sexual. Mas seguimos as normas federais. Compreendemos a frustração de Danilo e das pessoas que são impedidas de doar sangue, que é um gesto de solidariedade e nos auxilia muito nos estoques de bolsas que salvariam outras vidas”, disse.
“A orientação sexual não deve ser usada como critério para doadores de sangue”, diz nova portaria
Em 2011, o Ministério da Saúde consolidou um importante passo para o avanço na saúde pública brasileira. Diferente dos países da União Europeia e dos Estados Unidos, a regra para inclusão de homossexuais masculinos foi flexibilizada para aceitar os gays que não tiveram relações sexuais nos últimos 12 meses. “Em outros países eles são banidos completamente”, afirma o coordenador de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Guilherme Genovez.
Segundo a nova portaria do Ministério da Saúde, “a orientação sexual (heterossexualidade, bissexualidade, homossexualidade) não deve ser usada como critério para seleção de doadores de sangue, por não constituir risco em si própria”. Porém, a mesma portaria acaba estipulando um prazo quase inviável para um homossexual com vida sexual ativa ou com companheiro fixo, como é o caso de Danilo França.
A inaptidão para doação de sangue por homens que fazem sexo com homens dentro deste prazo segue recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS) e está fundamentada em estudos epidemiológicos que apontam que a epidemia de HIV/Aids ainda é concentrada entre os homossexuais. De acordo com o MS, a probabilidade de contágio entre os homens que fazem sexo com homens é cerca de 11 vezes maior que entre os heterossexuais.
Guilherme Genovez: "a janela imunológica pode levar até 21 dias. Não podemos arriscar a segurança das pessoas que serão beneficiadas com o sangue depois” | Foto: Ministério da Saúde
“O problema é que, com a transmissão transfusional do HIV se deu de forma muito catastrófica no Brasil nos anos 80 e várias pessoas contaminadas na época eram homens que faziam sexo com outros homens, acabou ficando esta associação. Porém, a janela imunológica entre a exposição em uma relação sexual até o vírus ser detectado no exame pode levar até 21 dias. Não podemos arriscar a segurança das pessoas que serão beneficiadas com o sangue depois”, alerta Genovez.
Segundo ele, o percentual de casos de sorologia positiva para HIV é de até 14% nos homossexuais que fazem exame. “Muitos procuram na doação de sangue a forma de fazer o teste. Têm receio de assumir sua sexualidade ou ainda não estão bem resolvidos e optam por ser doadores quando querem testar a sorologia”, conta. Mais de 80% dos gays homens que procuram os hemocentros, procuram com a expectativa de fazer exame ou monitorar, acrescenta Genovez.
Gays não são doadores porque fazem “sexo traumático”
Nem todos os homens que fazem sexo com homens são gays, mas todos os que tiveram relações entre homens são banidos da doação de sangue. A regra do Ministério da Saúde condiciona um homossexual masculino a não ter relação sexual por um ano para poder doar sangue, e os responsáveis garantem que o critério se comprova cientificamente necessário. As relações sexuais entre homens são chamadas tecnicamente de ‘sexo traumático’ que aumenta a porta de entrada para doenças. Mulheres que admitem praticar sexo anal durante a entrevista, também são impedidas de doar sangue.
“O coito anal impede a doação, assim como as pessoas que têm relação promiscua, e isso pode ser heteros, bissexuais ou quaisquer pessoa. Mais de uma relação sexual desprotegida por ano já não pode ser doador. Tem que ser rígido para evitar os riscos de não identificar os diferentes vírus. Já aconteceu de uma bolsa de um indivíduo destes ser colocadas em bolsas de transfusão de 10 crianças na UTI neonatal de um hospital, ainda bem que evitou-se uma tragédia”, relata o coordenador do MS.
Quem faz parte do grupo de risco?
De acordo com a portaria do Ministério da Saúde também são considerados integrantes do grupo de risco as pessoas com mais de um parceiro sexual, quem tenham feito sexo em troca de dinheiro ou de drogas, vítimas de violência sexual e que tenham colocado piercing ou feito tatuagem sem condições de segurança adequada. Entre os inaptos à doação de sangue estão os que tiveram hepatite após os 11 anos de idade, usuários de drogas ou quem ingeriu bebidas alcoólicas, se expôs a situações de risco acrescido para doenças sexualmente transmissíveis ou teve gripe, resfriado ou diarréia nos sete dias anteriores à doação.
De acordo com a especialista em Hematologia e Hemoterapia da Fundação Hemominas, Flávia Loureiro, os homossexuais homens que mantiveram relação nos últimos 12 meses não são incluídos no Grupo de Risco da instituição. “A relação sexual em si já é um risco de se contrair infecção. Não adotamos conceitos de risco ou grupo de risco para relações homossexuais. O critério básico que utilizamos na saúde é a prevalência para afirmarmos quantos casos efetivamente são reais dentro de uma determinada população para podermos tomar as medidas epidemiológicas. Há países que gays podem doar sangue porque os índices epidemiológicos de gays e heteros são os mesmos já”, explica.
Um doador de sangue pode salvar até três vidas | Foto: Elza Fiúza/ABr
No Brasil, o Ministério da Saúde ainda desenvolve estudos para aplicação de novas tecnologias nos exames sorológicos. “Estamos prevendo adotar um inibidor, uma substância misturada no sangue que matará tudo que está naquele sangue. Isto permitirá não descartar nenhum doador”, fala. Outro método que poderia auxiliar na redução do tempo exigido pelo MS para os doadores homossexuais não terem relação sexual é o teste NAT, já aplicado no Hemominas. “Até o final do ano vamos disponibilizar em todo país. É um exame de biologia molecular capaz de verificar a defesa do vírus nas pessoas e reduzir o tempo da janela imunológica em até 10 dias”, explica o coordenador de Sangue e Hemoderivados do Ministério da Saúde, Guilherme Genovez.
Enquanto isso, Geovanez afirma que o Ministério da Saúde capacita os profissionais da saúde para um atendimento livre de preconceito na área da saúde pública. Porém, com as atuais regras, Danilo França já admite que não terá condições de doar sangue. “Eu estou em dia com minha saúde e me cuido. Mas não vou mais pensar em doar sangue se for com estas condições”, fala, sendo mais um na estatística dos não-doadores e que poderiam estar salvando até três vidas com a coleta de sangue.

terça-feira, 8 de maio de 2012


SEXTA-FEIRA, 4 DE MAIO DE 2012

SECRETARIA DA JUSTIÇA GARANTE CURSOS DE QUALIFICAÇÃO PARA TRAVESTIS E TRANSEXUAIS


Representantes do movimento de luta pela cidadania de Travestis e Transexuais de Salvador e Região Metropolitana estiveram, na última quinta-feira (3/5), na Secretaria da Justiça, Cidadania e Direitos Humanos (SJCDH), para discutir e propor Políticas Públicas para atender às necessidades dessa população. A falta de qualificação profissional foi apontada como um dos principais problemas enfrentados por esse público. Desta forma ficou garantido que a SJCDH vai viabilizar um curso de capacitação para qualificar essas pessoas.
 
“Muitas pessoas sempre falaram por nós em espaços como este, sem sequer ter passado pelo que passamos diariamente”, comentou Milena Passos, Presidente da Associação dos Travestis de Salvador (ATRAS)

O encontro foi proposto pelo Secretário da Justiça, Almiro Sena, para que o segmento encontre, com apoio do Governo do Estado,  caminhos para conquistar os Direitos Civis de Travestis e Transexuais. “Esse é um espaço de todos, inclusive de travestis e transexuais”. Ainda de acordo com Sena, a política participativa imprimida por sua Secretaria está alinhada com as diretrizes do Governo do Estado. 

O subsecretário da Secretaria de Relações Institucionais (Serin), Pedro Alcântara, chamou atenção para o protagonismo da comunidade LGBT. “A proposta de melhorias é de vocês, o nosso governo será parceiro na conquista desses objetivos”, disse.

Outras Demandas
A falta de escolaridade foi outro problema apresentado. Muitos afirmaram que a discriminação é um fator primordial para abandonar os estudos, ainda no ensino fundamental.  Como resposta,  foi definido que a Secretaria de Justiça vai solicitar uma reunião com a Secretaria da Educação com o intuito de incluir um grupo de travestis e transexuais em cursos de formação básica e profissional.

A questão da Segurança Pública para travestis e transexuais que atuam como profissionais do sexo e trabalham à noite também foi discutida. Várias pessoas relataram que foram vítimas de assalto e violência, cometidas por bandidos e até mesmo por clientes, durante a atividade profissional. Com o objetivo de identificar crimes motivados por homofobia, a SJCDH já articula com a Secretaria de Segurança Pública (SSP) a inclusão da orientação sexual nos registros de Boletim de Ocorrência.

Outro assunto abordado foi o direito dos Travestis e Transexuais usarem o nome social, garantindo o pleno exercício da diversidade social em instituições públicas e privadas do Estado. Como resposta à demanda, o Secretário Almiro Sena divulgou que já foi encaminhada para a Casa Civil uma minuta do decreto que vai possibilitar o uso do nome social em qualquer órgão da administração publica do estado da Bahia.

A Presidente do Conselho Nacional LGBT, Keila Simpson, fez questão de parabenizar Paullete Furacão, que recentemente passou a ocupar o cargo de coordenadora do Núcleo LGBT da SJCDH e acrescentou que as demandas apontadas serão levadas para o Conselho.

quarta-feira, 2 de maio de 2012


Separação Igreja-Estado
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
  
John Locke, filósofo político inglês que defendia a consciência individual, livre do controle do Estado.
separação Igreja-Estado é uma doutrina política e legal que estabelece que o governo e as instituições religiosas devem ser mantidos separados e independentes uns dos outros. A expressão se refere mais frequentemente a combinação de dois princípios: secularismo do governo e liberdade religiosa.
O conceito da separação entre Igreja e Estado se refere à distância na relação entre a religião organizada e o Estado-nação. O termo é um desdobramento da frase, "muro de separação entre Igreja e Estado", como está escrito na carta deThomas Jefferson para a Associação Batista de Danbury, em 1802. O texto original diz: "... eu contemplo com reverência soberana que age de todo o povo americano, que declarou que sua legislatura deve 'fazer nenhuma lei respeitando um estabelecimento da religião, ou proibindo o seu livre exercício", assim, construindo um muro de separação entre Igreja e Estado." Jefferson reflete sobre o tema falando frequentemente que o governo não está a interferir na religião. A frase foi citada pela primeira vez pela Suprema Corte dos Estados Unidos, em 1878, e depois em uma série de casos a partir de 1947. A frase "separação entre Igreja e Estado" em si não aparece na Constituição dos Estados Unidos. A Primeira Emenda afirma que "O Congresso não fará nenhuma lei respeitando um estabelecimento da religião, ou proibindo o seu livre exercício". Antes de 1947, no entanto, estas disposições não eram consideradas para serem aplicadas em nível estadual; tentativas foram feitas para alterar a Constituição para conseguir isso nas décadas de 1870 e 1890, mas apenas foi realizada por decisão judicial em 1947.
O conceito de separação já foi aprovado em vários países, em diferentes graus, dependendo das estruturas legais aplicáveis ​​e das visões predominantes em direção ao próprio papel da religião na sociedade. Um princípio semelhante, mas geralmente mais rigoroso de laicismo tem sido aplicado na França e na Turquia, enquanto alguns países socialmente secularizados como a Noruega, a Dinamarca e o Reino Unido mantiveram reconhecimento constitucional de uma religião oficial do Estado. O conceito faz paralelo com vários outras ideias sociais e políticas internacionais, incluindo o secularismoseparação,liberdade religiosa e pluralismo religioso. Whitman (2009) observa que em muitos países europeus, oEstado tem assumido, ao longo dos séculos, o papel social da Igreja, levando a uma esfera pública geralmente secularizada. Brasil foi uma colônia do Império Português de 1500 até a independência do controle de Portugal em 1822, período em que o catolicismo romano era a religião oficial do Estado. Com a ascensão do Império do Brasil, embora o catolicismo mantivesse seu status de credo oficial subsidiado pelo Estado, às outras religiões foi permitido florescer, visto que a Constituição 1824 garantia o princípio de liberdade religiosa. Aqueda do Império em 1889, deu lugar a um regime republicano e uma nova Constituição foi promulgada em 1891, ronpendo os laços entre a Igreja e o Estado; ideólogos republicanos, como Benjamin Constant e Rui Barbosa, foram influenciados pela laicidade na França e nos Estados Unidos. A separação entre Igreja e Estado promulgada pela Constituição de 1891 tem sido mantida desde então. A atual Constituição do Brasil, em vigor desde 1988, assegura o direito à liberdade religiosa individual de seus cidadãos, mas proíbe o estabelecimento de igrejas estatais e de qualquer relação de "dependência ou aliança" de autoridades com os líderes religiosos, com exceção de "colaboração de interesse público, definida por lei.



Posted: 30 Apr 2012 09:29 PM PDT
Marcelo Cerqueira

Desde que terminou no dia a 10ª Parada LGBT da Bahia que o Grupo Gay da Bahia (GGB) não pára de produzir conceitos e propor ações para a próxima edição do evento que já tem data marcada para 9 de setembro próximo. Um dos conceitos avaliados pela entidade é a sustentabilidade do evento que este ano ganhou oito dias de mobilização cultural com uma programação variada de mais de 11 atividades culturais.

O GGB avaliou e conclui que a Parada em si é a grande celebração da diversidade e que o dia em si é dedicado a festa e a explosão de alegria e de felicidade. De acordo com a entidade as ações que envolvem conscientização, militância, saúde, prevenção acontecerão ao longo da semana no período de 1 a 8 de setembro, finalizando no dia 9 com a celebração da 11ª Parada que tradicionalmente envolve o desfile de cerca de 15 trios elétricos e uma população de 1 milhão de pessoas. “A Parada é uma das festas populares da Bahia com a maior adesão da população” disse Marcelo Cerqueira, presidente do GGB apontando que a participação dos órgãos públicos é de muita importância para o sucesso do evento.

Palestras, seminários, intervenções com instalações de arte na cidade, mostra de filmes, feiras e muita mobilização é o que promete a entidade que participara do Salão de Turismo que acontece na primeira quinzena de maio no Centro de Convenções da Bahia. O GGB adianta que uma das iniciativas a ser realizada em parceria com a Abrasel (Assoc de bares e restaurantes) objetiva humanizar o atendimento aos LGBT em bares e restaurantes. Inclui concurso de Drinks e dramatização teatral do atendimento inadequado dispensado pelos garçons aos LGBT nestes estabelecimentos.

Outro desafio para a sustentabilidade que vem sendo trabalhado pela entidade é fazer do evento uma opção para promover o fluxo de turistas de outros estados que poderão visitar Salvador atraídos pela Semana Cultural e pelos atrativos da cidade em si. “A Semana serve para duas coisas, revigorar a militância junto aos LGBT da cidade e chamar gente de fora para interagir com a nossa cultura e população que já é muito receptiva aos turistas” conclui Cerqueira informando ainda que o trabalho desenvolvido visa transformar o evento em um produto cultural que possa satisfazer a comunidade LGBT, a cidade e os patrocinador que terá a certeza de que sua marca será aplicada com seriedade e compromisso de retorno e entrega do produto. Dentro desse conceito e compromisso diferente do ano passado a entidade já vem dialogando com Cervejarias, empresas de Telefonia e outros com sucesso.

O GGB adianta que a campanha a ser trabalhada pela entidade especificamente por ocasião da Parada é “Consumidor Sim” e deverá dialogar com empresas e marcas quais os LGBT são consumidores e muitas delas se negam apoiar eventos voltados à diversidade, a posição do GGB é bem sensata e faz a seguinte ponderação. “ Se eu consumo o seu produto, se a empresa patrocina tantas outras atividades culturais, porquê não apoiar a diversidade LGBT” conclui Cerqueira. Ivete Sangalo, Preta Gil, Edson Cordeiro e Mariene de Castro já foram madrinha da Parada. Este ano será a vez de Claudia Leitte que já confirmou a participação no evento.

Fórum Baiano LGBT 



Posted: 01 May 2012 07:01 PM PDT


O dia 17 de maio de 1990 foi o dia em que a Assembléia Mundial da Saúde, órgão máximo da Organização Mundial da Saúde (OMS), retirou a homossexualidade da Classificação Internacional de Doenças. Desde então, a data é celebrada internacionalmente como o Dia de combate à Homofobia. No Brasil, esta data foi instituída em 2010, a partir de um decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva atendendo a reivindicações de movimentos ligados à defesa dos direitos dos homossexuais.
Em comemoração à data, o Centro Acadêmico de Ciências Sociais da Universidade Estadual de Santa Cruz (Ilhéus – BA), motivado por uma idéia que surgiu na Universidade Católica de Brasília, traz um dia temático à causa, com exibição de filme, mesas-redondas, debates e um piquenique. Esse evento surge da necessidade cada vez mais urgente de combater o preconceito, em suas mais diferentes formas de manifestação e ação (homofobia, lesbofobia e transfobia) e, assim, evitar que cada vez mais pessoas continuem sendo discriminadas e, em muitos casos, covardemente assassinadas por causa de suas orientações sexuais e/ou identidades de gênero.
A nossa educação por muitos anos vem reproduzindo valores machistas, homofóbicos e racistas. A universidade como um dos espaços de formação educacional de indivíduos não pode mais suportar esse tipo de modelo de educação. Hoje, mais do que nunca, existem indivíduos organizados que reivindicam seus direitos por uma educação realmente inclusiva.

A diversidade humana deve ser encarada como algo positivo, pois a história nos ensina que quando se tentou negar a diversidade pairaram-se monstros como o nazismo e o sistema escravocrata. Pessoas LGBT existem em todos os espaços. Ignorá-las ou desrespeita-las só contribui para estimular a violência nas nossas escolas e universidades e também potencializar tristes indicadores de nossa educação (evasão escolar, bullyng, dificuldade de aprendizagem).

A livre orientação sexual e a identidade de gênero são um direito humano e devem ter espaço de debate nas escolas, nas universidades e em todos os lugares . Por isso, lutamos para construir uma universidade que discuta e incorpore toda a diversidade sexual e de gênero. Sendo assim, o Coletivo LGBT da UESC convida a tod@s para participarem da programação do Dia de combate à homofobia. 
O evento também se propõe a relembrar o I Ato Público contra a Homofobia na UESC, ocorrido em 2011, no Bar Inferninho. Local este bastante freqüentado pela população acadêmica e que foi palco de uma situação preconceituosa, quando dois estudantes gays ao se beijarem foram repreendidos pelo dono do Bar sob a alegação que tal demonstração de afeto era uma ofensa aos clientes do estabelecimento.


Programação:
(17/05/212 – 08:00 às 17:00)
08:00 – Cine-debate: Exibição de curta metragens com temática LGBT (Sala de reuniões – DFCH)
- Eu não quero voltar sozinho
- Eu não gosto dos garotos
- Delicado
- Shame no more (Vergonha nunca mais)
- Depois
10:00 – Mesa-redonda: Foucault e a História da sexualidade (Grupo de estudos de Gênero da UESC)
13:30 – A discriminação contra LGBT no sul da Bahia 15:00 – Piquenique pelo mesmo amor (Bosque da UESC)
Inscrição: As inscrições podem ser feitas no período de 01 a 17 de Maio através do e-mailgeneroepoder@gmail.com. Basta enviar nome completo e Instituição a qual está vinculado.

Fonte: Divulgação

terça-feira, 27 de março de 2012

Homorrealidade: Primeira travesti a fazer doutorado no Brasil defe...


Por Daniel Aderaldo

Antes de se tornar supervisora regional de 26 escolas públicas e ingressar no doutorado em Educação da Universidade Federal do Ceará (UFC), Luma Andrade assinou o nome João por 30 anos, foi rejeitada pelos pais na infância, discriminada na escola e, mais tarde, no trabalho.

Na tese de quase 400 páginas que irá defender em três meses, a primeira travesti a cursar um doutorado no Brasil relata a discriminação sofrida por pessoas como ela na rede pública de ensino. Ela também aponta lacunas na formação dos professores.

Criança nos anos de 1970, no município de Morada Nova, a 170 quilômetros de Fortaleza, o único filho homem de um casal de agricultores, era João, mas já se sentia Luma. Em casa, escondia-se para evitar ser confrontada. Na escola, apanhava dos meninos por querer parecer uma menina. Em uma das vezes que foi espancada, aos nove anos, queixou-se com a professora e, ao invés de apoio, ouviu que tinha culpa por ser daquele jeito.

Mais tarde, já com cabelos longos e roupa feminina, sofria de segunda a sexta-feira na chamada dos alunos, ao ser tratada pelo nome de batismo. Não se reconhecia no uniforme masculino que era obrigada a usar. Evitava ao máximo usar o banheiro. Aturava em silêncio as piadas que os colegas insistiam em fazer. “Se a travesti não se sujeitar e resistir, acaba sucumbindo”, lamenta.

Luma se concentrou nos estudos e evitou os confrontos. "Tem momento que a gente quer desistir. Eu não ia ao banheiro urinar, porque eu queria usar o feminino, mas não podia. Então eu me continha e, às vezes, era insuportável”, relembra. Mas ela concluiu o ensino médio e, aos 18 anos, entrou na universidade. Quando se formou aos 22, já dava aulas e resolveu assumir a homossexualidade. Quando contou que tinha um namorado, foi expulsa de casa. 

Em 2003, já com o título de mestre, prestou concurso para lecionar biologia. Eram quatro vagas para uma escola estadual do município de Aracati, a 153 quilômetros de Fortaleza. Apenas ela passou. Contudo, o diretor da escola não a aceitou. Luma pediu a intervenção da Secretaria de Educação do Estado e conseguiu assumir o posto.

“Eu não era tida como um bom exemplo”. Durante o período de estágio probatório, tentaram sabotar sua permanência na escola. “Uma coordenadora denunciou que eu estava mostrando os seios para os alunos na aula”. Luma havia acabado de fazer o implante de proteses de silicone. “Eu já previa isso e passei a usar bata para me proteger, esconder. Eu tinha certeza que isso ia acontecer”.

Anos depois, Luma assumiu um cargo na Coordenadoria Regional de Desenvolvimento de Educação de Russas, justamente a região onde nasceu. Como supervisora das escolas estaduais de diversos municípios, passou a interceder em casos de agressões semelhantes ao que ela viveu quando era estudante.

“Uma diretora de escola fez uma lista de alunos que, para ela, eram homossexuais. E aí mandou chamar os pais, pedindo para que eles tomassem providências”. A providência, segundo ela, foi “muito surra”. “O primeiro que foi espancado me procurou”, lembra. Luma procurou a escola. Todos os gestores e professores passaram por uma capacitação para aprender como lidar com a sexualidade dos estudantes.

Um ano depois, em 2008, Luma se tornou a primeira travesti a ingressar em um doutorado no Brasil. Ela começou a pesquisar a situação de travestis que estudam na rede pública de ensino e constatou que o caso da diretora que levou um aluno a ser espancado pelos pais e todas as outras agressões sofridas por homossexuais tinham mesma a origem.

“Comecei o levantamento das travestis nas escolas públicas. Eu pedia para que os gestores informassem. Quando ia averiguar a existência real do travesti, os diretores diziam: ‘tem aquele ali, mas não é assumido’. Percebi que estavam falando de gays”, relata.

A partir desse contato, Luma trata em sua tese de que as travestis não podem esboçar reações a ataques homofóbicos para concluir os estudos.

Mas também sugere que os cursos de graduação em licenciatura formem profissionais mais preparados não apenas para tratar da homossexualidade no currículo escolar, mas também como lidar com as especificidades de cada pessoa e fazer da escola um lugar sem preconceitos.

“Cada pessoa tem uma forma de viver. Conforme ela se apresenta, vai se comunicar e interagir. O gay tem uma forma de interagir diferente de uma travesti ou de uma transexual. O não reconhecimento dessas singularidades provoca uma padronização. A ideia de que todo mundo é ‘veado’”.

A tese de Luma já passou por duas qualificações. Ela está em fase final, corrigindo alguns detalhes e vai defendê-la em julho, na UFC, em Fortaleza. 

FONTE: http://www.homorrealidade.com.br/2012/03/primeira-travesti-fazer-doutorado-no.html?spref=bl

segunda-feira, 26 de março de 2012


ABGLT FAZ CAMPANHA PARA INCENTIVAR ESTUDANTES A DENUNCIAR O BULLYING HOMOFÓBICO
Por Redação em 22/03/2012 às 15h33
Devido ao aumento de alunos vítimas de homofobia no ambiente escolar, a ABGLT (Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais) lançou uma campanha para incentivar estudantes a denunciarem o bullying sofrido por orientação sexual.

O cartaz da campanha traz os dizeres: “Se você é um estudante LGBT e foi vítima de bullying homofóbico ou qualquer outro tipo de agressão física ou simbólica na escola, denuncie”. Em seguida, é indicado o numero “Disque 100”, que registra ocorrências deste tipo de agressão, e o email presidência@abglt.org.br, que irá acompanhar o caso.
Em comunicado à imprensa, em que divulgou o caso do estudante de 15 anos, do Rio Grande do Sul, que foi agredido devido sua orientação sexual, a ABGLT criticou a declaração do ministro da Educação, Aloizio Mercadante, de que materiais didáticos não combatem a homofobia.
De acordo com a Associação, durante a 3ª Marcha Nacional Contra a Homofobia, que acontece no dia 16 de maio, medidas serão cobradas em função do número LGBTs que são mortos devido a sua orientação sexual.