terça-feira, 20 de março de 2012

DISNEY ARAUJO AIRES - Professor Homossexual denúncia Assedio Moral, calúnia e difamação contra o CAP de Feira de Santana/BA.


Professor Homossexual denuncia Assédio Moral, calúnia e difamação contra o CAP de Feira de Santana/BA.

Postado por DIVERSIDADE LGBTT UNIDOS POR UM ESTADO LAICO E DEMOCRÁTICO DE DIREITO em 20 mar, 2012.

O professor Disney Araujo Aires de 35 anos, prestou queixa no Grupo Liberdade Igualdade e Cidadania Homossexual – GLICH, assim como, na 2٥ Delegacia de Policia deste município (RG, 2408/12 – de 05/03/12) contra a senhora Marlene Sousa Barbosa, Diretora do Centro de Apoio Pedagógico (CAP) de Feira de Santana- Bahia e a professora Manuela Reis Eloy. Na apresentação das Denúncias o professor relata que vem sofrendo constantes perseguições, exclusão, isolamento, calúnia e difamação dentro daquela unidade, o professor alega que o referido tratamento se dá pelo fato da sua orientação sexualual. A vítima sofre da síndrome do pânico e em decorrência dos últimos acontecimentos vem constantemente se sentindo mal, precisando de cuidados médicos e do uso excessivo de medicamentos controlados. A vítima apresenta sinais nítidos de depressão e esgotamento físico oriundos das perseguições homofóbicas e dos constantes assédios morais praticados pelas referidas. Além da queixa registrada nos órgãos representativos o professor também protocolou denuncia junto a Ouvidoria Geral do Estado da Bahia. Junto a denuncia o mesmo apresenta um serie de atestados médicos, relatórios e e-mail anônimo com teores de ameaças. Sem demonstrar motivos justos ou sustentáveis, a Diretora do CAP Feira de Santana, solicitou via ofício ao senhor Beldes Luis Pereira Ramos, Diretor da DIREC 02, a substituição do professor Disney, o fato se dá pelo conhecimento da referida professora no interesse do queixoso em contribuir com os cursos de capacitação docente, oferecidos pelo CAP, inserindo nestes cursos a discussão pertinente das orientações sexuais, as identidades de  gêneros e as relações sociais no âmbito da homoafetividade.
O GLICH prestou apoio moral a vitima, registrou boletim de ocorrência, e irá acompanhar e cobrar de todos os organismos públicos responsáveis que o caso seja apurado e as devidas providências sejam tomadas. Outrossim, apresentaremos denúncias em todos os meios de comunicações, em todos os organismos de educação, a todas entidades representativas do segmento LGBT, para que possamos combater essa prática criminosa de assédio moral e coação homofóbica contra o cidadão LGBT no seu espaço de trabalho.
O GLICH lamenta profundamente que uma entidade de Ensino que se propõe à Inclusão de pessoas no âmbito educacional, se utilize destes expedientes para disseminar e perpetuar as práticas homofóbicas. Entendemos que práticas como estas reafirmam um discurso reacionário e estabelece o comportamento Hetero-normativo como único e homogêneo nos espaços de trabalho e socialização.
Esta ação fere o direto constitucional do indivíduo, em tempo, que lhe torna vulnerável a todas as mazelas sociais e psicológicas empurrando-lhe para as margens e o tratando como cidadão de segunda categoria. Afirmamos ser inaceitável que os Espaços de Educação se utilizem de ferramentas baseadas na Orientação Sexual das pessoas, para humilhar, constranger, hostilizar e tolher-lhes nos seus direitos.
Seremos enérgicos até o final, para que o caso tenha a devida apuração, para que esta prática seja de uma vez por todas banida da nossa sociedade.
Atenciosamente,
Rafael Carvalho
GLICH



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